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31 de março de 2017

REVISTA GERAL BAHIA

INFORMAÇÃO COM CREDIBILIDADE

PING PONG: Em entrevista exclusiva ao RG Vereador Robério Roldão abre o jogo sobre seu voto a favor das contas de Carlinhos.

A
segunda-feira 27 de março de 2017, ficará marcada na História de Macarani por dois fatos: o primeiro, ter levado
o maior público já registrado em uma sessão ordinária do Legislativo Municipal.
O
segundo: a controversa decisão da maioria dos Vereadores que decidiram aprovar
o que já tinham reprovado e limpar a barra do ex-Prefeito, Antonio Carlos Macedo de Araujo – (PMDB), deixando
de lado os pareceres técnicos do TCM
(Tribunal de Contas dos Municípíos),
que rejeitou por três anos
seguidos 2012, 2013 e 2014 a
prestação de contas do ex-Prefeito que teve seu mandato cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
E
no meio de tudo isso um personagem: O
Vereador Robério Carlos Roldão da Silva (PP),
o voto mais decisivo em
todo o processo e que foi de encontro as orientações do seu líder partidário e
mentor político, o também ex-Prefeito
Olisandro Pinto Nogueira,
que foi responsável por levar o público a
Câmara através de pronunciamentos na Rádio de sua família e carros de som pelas
ruas da cidade, e, também chamando a atenção para a importância (na sua
opinião), do voto contrário dos vereadores as contas do seu ex-aliado político, Antonio Carlos Macedo.
E
durante todo o restante da semana, esse foi o assunto em pauta na cidade, nas
esquinas, praças e senadinhos. Todos queriam entender e todos tinham a sua teoria
sobre o voto de Robério Roldão,
que foi o voto decisivo em favor de Carlinhos.

E
nesta quinta-feira (30), em entrevista exclusiva ao PING PONG do site REVISTA
GERAL,
Robério  Roldão,
aceitou falar tudo e abriu o jogo sobre seu voto, o afastamento da programação
da Rádio 93,1 e as
expectativas sobre seu futuro político dentro do grupo do ex-Prefeito Nogueira.
RG – Você foi eleito
Vereador muito jovem, em 1992 aos 28 anos de idade, perdeu a reeleição em
seguida e demorou cinco eleições (20) anos para tentar outra eleição. Porque
esse intervalo e porque agora?
Robério – Eu realmente não pensava mais em
ser candidato, não a vereador, e como não via condições acima de tudo
financeira para entrar de novo na disputa política dei preferência a continuar
no trabalho de comunicador que permite sempre ajudar a população mais carente
da minha cidade sem precisar de mandato. E dessa vez, indo de encontro até
mesmo da minha família, mas que me apoiou na minha decisão eu decidi atender
aos apelos do meu grupo político, a família Nogueira a quem eu devo muito e ao
povo que pedia insistentemente minha candidatura a colocar meu nome para
apreciação. Fiz uma campanha se recursos financeiros e fui o terceiro mais
votado, e isso explica que eu voltei na hora certa.
RG – Você tomou uma
decisão contrária a Nogueira, que é o líder do seu grupo político, foi seu cabo
eleitoral e é seu mentor. Foi uma decisão técnica ou política?
Robério – Posso  dizer que foram as duas coisas, uma decisão
mista, porque tecnicamente eu não vi nada nas contas do ex-Prefeito que
justificasse a rejeição das mesmas, e, politicamente falando, nós estivemos no
mesmo palanque, aliados da campanha que culminou na eleição do Prefeito Miller,
então essa aliança ainda permanece e é preciso fortalecer os pilares da
administração para que ela se fortaleça. Votar contra as contas na minha
opinião seria ir contra essa aliança em um mandato que ainda está começando.
RG – O seu voto foi o
chamado voto de Minerva, (Deusa da Sabedoria), porque os outros a favor eram
favas contadas. Houve algum acordo antes, alguma promessa do Prefeito ou do
ex-Prefeito Carlinhos a você?
Robério – Não houve acordos ou promessas, o
que houve foram pedidos do ex-Prefeito Carlinhos, claro: o mais interessado, do
Prefeito Miller em defesa do seu principal aliado político e presidente do seu
partido (PMDB), como também houve pedidos do ex-Prefeito Nogueira e de outros
integrantes do meu grupo, e que eu optei por seguir o que mandou a minha
consciência na defesa do povo de Macarani e do melhor para o futuro da
população.
RG – Quando se trata de
analisar sua decisão, muitos ligados a Nogueira, o taxam de traidor (palavra
forte), você fica abalado com isso?
Robério – De maneira nenhuma, trabalhei com
todos os ex-Prefeitos desde o próprio Nogueira na sua primeira eleição em 1982,
passando por Eujácio Brito, Betinho, Armando, e Carlinhos e nenhum deles pode
me acusar de ser traidor ou de me vender. Com ou sem mandato, sempre fiz aquilo
que minha consciência manda e que eu possa utilizar em favor do povo mais
carente.
RG – Pode explicar
melhor? Em que sua decisão vai ajudar o povo futuramente?
Robério – Quem tem ido a Câmara, sabe que
tenho feito requerimentos, indicativos de muita importância para a cidade e a
população, e para que esses requerimentos sejam atendidos é preciso estar
afinado com o Prefeito. Se eu deixo de atender ao pedido do Prefeito agora,
como vou pedir a ele em nome do povo amanhã? Temos quatro anos de mandato pela
frente e é muito cedo para ir de encontro ao executivo pensando apenas em mim.
Então é preciso pensar primeiro no povo que me elegeu e no bem da cidade.
RG – Como fica sua
relação com o Nogueira e o PP? E seu programa na Rádio Cidade continua?
Robério – Politicamente minha relação não
muda, sou filiado ao PP (Partido Progressista), e não pretendo deixar o partido
nem o grupo à não ser que não me queiram mais. Quanto a Rádio, estou afastado
por problemas de saúde (garganta inflamada), e não recebi nenhum comunicado
oficial de afastamento, mas se for comunicado não será a primeira nem a última
vez, e sei, que como das outras vezes não ficarei muito tempo fora do ar e nem
sem colocar comida na mesa para os meus filhos. Mas espero sinceramente não ser
esse o caso.
RG – Para concluir: Como
você analisa as reações ao seu voto? Tem recebido mais críticas ou mais apoio?

Robério – Na verdade o que me surpreendeu
foi esse estardalhaço todo, e as reações até raivosas de alguns poucos do meu
grupo. Porque lá atrás em 2015, houve vereadores também do grupo que votaram a
favor dessas mesmas contas e agora votaram contra. E naquela época ninguém
falou nada, passou despercebido e nem foi comentada a decisão. Hoje reformaram
o voto, mudaram de opinião e eu sou o Cristo? Graças a Deus tenho recebido mais
apoio dos meus eleitores, nada mudou e sigo minha rotina que é ajudando e
defendendo o povo, como neste final de semana de aniversário da cidade em que
realizarei dois mutirões de construção de uma casa, e de um banheiro em outra
casa, cantarei bingo se me requisitarem, e na Câmara estarei sempre fazendo
requerimentos e indicativos para o bem da cidade e da população de Macarani que
é o meu verdadeiro compromisso.
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